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Construção pesada ainda é crucial para grandes grupos
15/05/2012

Embora tenham entrando em outros setores nos últimos 15 anos, os três maiores grupos brasileiros que nasceram da construção pesada ainda têm na sua atividade original uma fonte importante de faturamento. Na última década, as grandes obras de infraestrutura em execução no país contribuíram para a retomada do setor, como projetos de geração de energia, refinarias de petróleo e as obras para os eventos esportivos de 2014 e 2016.

Na Camargo Corrêa, o número referente ao faturamento com construção mais que dobrou em dez anos, saltando de 13% em 2002 para 32% em 2012 (quando a receita bruta foi de R$ 20,4 bilhões). Na Odebrecht, a construção pesada subiu para quase metade do total de seu faturamento (46%) em 2009. No ano seguinte, ficou com 31% de participação no faturamento total, de R$ 53,4 bilhões. Na Andrade Gutierrez, a construção pesada manteve em 2010 cerca de um terço de participação nas receitas totais, de R$ 18,2 bilhões. O resultado operacional (medido pelo Ebitda) da construção pesada praticamente multiplicou-se por 10 entre 2002 e 2010 (de R$ 80 milhões para R$ 750 milhões).

Segundo a consultoria Dextron Management Consulting, que compilou os dados, as políticas governamentais e o aquecimento da construção pesada compõem o atual cenário de negócios no país, embora essa atividade não seja mais o principal gerador de receitas para os grupos. Com a implementação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, as grandes obras voltaram ao portfólio trazendo investimentos de R$ 657,4 bilhões (85% já executados, segundo a Dextron). Lançado em 2010, o PAC 2 prevê investimentos de R$ 1,6 trilhão, de acordo com a consultoria.


Fonte: Revista M&T
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